Entendendo o User Experience na visão da Neurociência

Entendendo o User Experience na visão da Neurociência

No texto “O que esperar do Neuromarketing em 2018”, a Mari apontou algumas das principais tendências da área para o ano que começou. Foram 4 aspectos abordados por ela, e na última semana a Camila aprofundou um pouco mais sobre o primeiro deles, o Customer Experience (CX). Seguindo essa linha, hoje vou conversar com você sobre o paralelo desse conceito (CX) ao mundo digital: o chamado User Experience (UX).

Que os meios digitais apresentam uma grande importância no contexto contemporâneo não é mais novidade. Hoje praticamente tudo pode ser encontrado e consumido através da internet, tudo no mundo está hiperconectado.

Mas o meio digital tem as suas particularidades e conhece-las a fundo auxiliará na construção de comunicações mais efetivas com os consumidores. E isso não se aplica apenas à comunicação, se aplica também a todo o conjunto do User Experience (UX).

Vou começar contando para vocês uma particularidade do nosso comportamento que exemplifica bem que tipo de diferenças devem ser levadas em conta quando falamos de meio digital e UX.

Em primeiro lugar, é muito importante fazer um paralelo com o comportamento do consumidor quando o meio de comunicação é TV ou digital. Diferente do que podemos observar com a televisão, os meios digitais possuem uma grande tendência a estimular uma postura ativa por parte do consumidor. Enquanto na TV, por exemplo, assistimos a um programa na televisão e somos expostos a marcas e produtos de maneira imersiva, nos meios digitais apresentamos uma postura um pouco mais resistente, por proporcionar aos usuários maior liberdade. A televisão tem de maneira geral a capacidade de gerar estados de necessidade no espectador, estados que o espectador não necessariamente apresentava antes. É por essas e outras razões que estratégias como o product placement (inserção de marcas e produtos em conteúdo de entretenimento) são tão efetivas em uma plataforma como a televisão.

Pelo caráter ativo que apresentamos enquanto estamos navegando na internet, somos muito mais direcionados por estados de necessidade e desejos internos pré-existentes. Ok, Arthur, o que exatamente isso quer dizer?  Isso quer dizer que dificilmente navegamos pela internet sem pelo menos um objetivo inicial traçado. Também significa que quando as marcas querem se comunicar com o consumidor no meio digital há uma demanda para produzir campanhas ainda mais criativas, que sejam ultra eficientes em prender a atenção do consumidor, afinal, ele não está lá para assistir anúncios. 😉

Entender essas e outras características comportamentais que diferenciam o consumidor na vida real e no meio digital é essencial para que suas estratégias de comunicação sejam mais efetivas, aproveitando esse ponto de contato com o consumidor, que se torna cada vez mais relevante para o mercado. Invista nesse entendimento e aprimore cada vez mais seu User Experience!

Quer mais dicas para aprimorar suas estratégias de marketing digital e UX? Separei alguns textos que fizeram sucesso por aqui:

– Dicas de Neuromarketing para impulsionar a Experiência do Usuário

– Um consumidor digital

– A era multiplataforma e o Neuromarketing

– Marketing digital: eficaz ou invasivo?

 

Entendendo o User Experience na visão da Neurociência